quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Amor é uma atitude

Primeiros dias de vida nova. A paixão pelo Criador é latente no seu interior. Não há nada que possa apagar todo fogo que foi aceso, nada que sacie a fome do alimento espiritual e a sede da água viva que flui da presença de Deus. Tudo tem uma nova cor, uma nova forma. Toda espécie de sentimentos bons e prazerosos afloram e todas as atitudes começam a ser religiosamente repensadas. Todas as arestas começam a ser lixadas. Tudo o que não presta começa a ser jogado fora e o coração e a mente começam a ser preenchidos de esperanças, certezas e paz.

Anos, meses, semanas, e até dias depois você se encontra num lugar frio, com a alma congelada, com uma chama que está se apagando. Essa, infelizmente, é a condição de todos os homens: a instabilidade. Sofremos variações emocionais diariamente; alguns nem tão profundamente assim, porém outros até precisam de tratamento médico. Instabilidade em se firmar em um emprego. Instabilidade em manter um namoro ou um casamento, até uma amizade. Instabilidade com suas finanças. Instabilidade em decisões ministeriais – ora queremos caminhar e transformar vidas, ora desanimamos e olhamos pra trás e decidimos que nosso conforto em não ter responsabilidades é mais seguro.

Conheço dezenas de pessoas que se comprometem com Cristo e tempos depois estão muito piores do que quando Jesus as tinha encontrado. É uma tristeza de fato encontrar um amigo querido que teve um encontro pessoal com Cristo em um dado momento e O abandonou por diversas situações que poderiam ser contornadas se o emocional fosse mais constante. Mas, afinal, o que pode me tirar da naturalidade humana de ser instável?

O amor é o segredo da constância, da estabilidade. Pode parecer piegas, mas é de fato o amor que deixa tudo mais sólido e coerente. A vida de um indivíduo só será constante em tudo se em tudo tiver amor. E por que não é assim que acontece? Simplesmente porque o amor é natural de Deus e não de homens. Se não temos uma ligação constante com Ele, o amor não é possível.
Li esta semana sobre a imagem da cruz como analogia do amor. A estaca vertical mostra o relacionamento do homem com Deus e a trave horizontal o relacionamento interpessoal. É exatamente o resumo dos mandamentos de Deus: Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. É impossível uma cruz com uma estaca e sem trave ou com uma trave e sem estaca. Por isso que Paulo afirma que é mentiroso aquele que diz que ama a Deus, mas despreza o irmão.

Escrevo por experiência própria das diversas vezes que me peguei desejando voltar ao primeiro amor, aos primeiros dias com Deus e ao mesmo tempo agindo de forma contrária ao meu desejo. É como se eu quisesse ir para o Rio Grande do Sul e pegasse uma estrada pro Amapá.

É muito simples: voltar a amar a Deus com todas as forças depende de cada um de nós. Espero que você possa tomar agora essa atitude.

2 comentários:

Pedro disse...

É exatamente essa instabilidade que gera tantas dificuldades para que a igreja funcione ministerialmente. Ministério exige compromisso, firmeza, fidelidade e responsabilidade. É vestir a camisa e avançar, ainda que sozinho. Esse
é o nosso desafio na Juventude da IPJB: respondermos ao chamado de Deus, praticando o amor em todas as esferas de nossas vidas e abraçando nossa vocação ministerial, a fim de sermos bênção nessa geração e uns para os outros.

Anônimo disse...

Gostei muito! Bastante inspirador e é a extensão da palavra que ouvimos no último domingo. Que amar seja a nossa principal atitude.